Educação Inclusiva

quinta-feira, 11 de junho de 2009

PRÁTICA PEDAGÓGICA NA SALA DE AULA

No dia 28 de abril de 2009, eu Anne Caroline, realizei minha observação e entrevista na Escola Municipal de Ensino Fundamental Dolores Alcaraz Caldas, na Rua Carlos Niederauer Hoffmeister, Bairro Restinga, na cidade de Porto Alegre.
A escola existe há 57 anos, e possui 1.700 alunos, sendo 50 destes, alunos portadores de necessidades educacionais especiais. Atualmente, a diretora da escola é a Janice Luceno.
No ínicio, existiam as chamadas “classes especiais”, onde portadores de necessidades estudavam separadamente dos demais alunos. Com uma nova proposta e com a nova LDB/96, surgiram as turmas de “progressão”, que também não atingiam os objetivos desejados, tendo em vista que a instituição de ensino já se afirmava como uma escola de perfil inclusivo.
Por isso, surgiu o projeto da “Docência Compartilhada”, onde dois ou mais professores trabalham juntos na mesma sala de aula, com o objetivo de personalizar o atendimento educativo, e garantir que os alunos com necessidades educacionais especiais possam ser atendidos e incluídos dentro do currículo convencional, buscando atender cada um em suas peculiaridades.
A turma observada é do 2º ano, e possui 19 alunos. Como existe esta docência compartilhada, as duas professoras da turma são Carina e Geane. O trabalho delas, com a turma é bem variado, tanto que as crianças com necessidades tem acompanhamento das professoras, na forma de revezamento, ou seja, um dia ou uma semana, uma delas fica mais com a criança e próxima, a outra; isto para que a criança não se apegue a tal professor.
Na sala de aula, segundo as professores, existem mais casos de N.E.E que são: déficit de atenção, hiperatividade, dislexia, dislalia e paralisia cerebral com baixa visão, que é o caso da criança observada. Esses outros casos foram detectados pelas professoras na sala de aula, porém não tem um laudo definido; o único caso com laudo é a paralisia cerebral.
As dinâmicas na sala de aula são bem variadas através de jogos, dinâmicas, passeios, música e dança. O planejamento é feito coletivamente, utilizando atividades que a cooperação seja mútua. Os professores estimulam à autonomia, senso crítico e a socialização. As situações de conflitos são resolvidas coletivamente, com fundamental no diálogo.
Cabe aqui fazer uma observação do que foi visto na sala de aula: Ao voltarmos da aula de Educação Física, a professora formou grupos, que é a forma de organização na sala; sendo assim, a professora formou os grupos por “capacidade de aprendizagens”. Me chamou muito atenção isso, porque os alunos tem uma relação muito boa entre si, de ajuda e apoio mútuo.
Os colegas se relacionam muito bem entre si e cooperam uns com os outros, interagindo muito bem com a colega com necessidades educacionais e auxiliando-a em todas as atividades.
A menina com paralisia cerebral não faz registros em cadernos, tem auxílio diário na aprendizagem das professoras, tanto na leitura como na escrita. Segundo o relato da professora, os pais da menina têm dificuldade na aceitação da criança com necessidades educativas, tanto que ela possui duas irmãs que estudam em outra escola, pelo fato de ela estar estudando ali, ou seja, as irmãs poderiam estar auxiliando a própria irmã e não estão porque os pais não têm esse conhecimento e aceitação em relação à deficiência.
A avaliação é feita por relatórios e registros, como filmagens e fotografia das situações de aprendizagem, diariamente.
O perfil sócio-econômico é de baixa renda, e a apesar da escola oferecer acessibilidade física e ser um ponto de referência da inclusão, por ter o pólo da SIR VISUAL, as salas de aula ainda são precárias e pequenas.
A escola, atualmente passa por um momento de mudanças, onde está sendo refeito o Projeto Político Pedagógico, em parceria com toda comunidade escolar, que segundo relato, é bastante participativo e atuante.
As professoras têm reuniões pedagógicas semanais e formações internas que acontecem juntamente a Secretaria Municipal de Educação, SMED.
A escola é extremamente receptiva e acolhedora, para todos, o que faz dela uma excelente referência de ensino no município de Porto Alegre. Posso dizer que fui muito bem recebida e com certeza, tirei o maior proveito das observações.

Paralisia Cerebral é uma lesão de alguma(S) parte(s) do cérebro.
Acontece durante a gestação, durante o parto ou após o nascimento, ainda no processo de amadurecimento do cérebro da criança. É uma lesão provocada, muitas vezes, pela falta de oxigenação das células cerebrais .
A Paralisia cerebral (P.C.) é uma doença irreversível que acomete o Sistema Nervoso Central acarretando defeitos motores variados resultantes de lesões cerebrais. Crianças cerebralmente paralisadas não conseguem controlar alguns ou todos os movimentos. Algumas têm dificuldades em falar, andar ou usar as mãos. Umas serão capazes de sentar sem suporte ou ajuda, enquanto outras necessitarão de ajuda para maioria das tarefas da vida diária.



Eu, Vanessa Martins Marques realizei observação e entrevista no dia 28 de abril de 2009, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Dolores Alcaraz Caldas, Rua Carlos Niederauer Hoffmeister, bairro Restinga, na cidade de Porto Alegre. A escola existe há 57 anos, comportando 1.700 alunos, sendo 50 destes, alunos portadores de necessidades educacionais especiais. Esta é dirigida atualmente, pela Professora Janice Luceno.
No início, existiam as chamadas “classes especiais”, onde portadores de N.E.E. estudavam separadamente dos demais alunos. Com uma nova proposta, surgiram as turmas de “progressão”, que também não atingia os objetivos desejados, tendo em vista, que a instituição de ensino, já se afirmava como uma escola de perfil inclusivo.
Foi então, que surgiu o projeto “Docência Compartilhada”, onde duas ou mais professoras trabalham juntas na mesma sala de aula, com o objetivo de personalizar o atendimento educativo, e garantir que alunos portadores de N.E.E., sejam incluídos, no currículo convencional, adequando ao aluno e suas particularidades.
A turma observada é do 4º ano, e possui 20 educandos. Sua professora referência chama-se Anelise, mas existem ainda mais duas professoras, além do apoio de professoras da Sala de Integração e Recurso Visual (SIR VISUAL), pois a turma conta com um menino de 14 anos, portador de deficiência visual.
As dinâmicas de sala de aula são bem variadas. Jogos e dinâmicas em grupo, passeios, além de musica e dança. O planejamento é feito coletivamente, utilizando atividades que a cooperação seja mútua. As professoras estimulam os alunos à autonomia, senso crítico e estético. As situações de conflito são resolvidas coletivamente e com base no diálogo.
Os colegas cooperam muito entre si e se relacionam muito bem, interagindo bem com o colega portador de N.E.E., e auxiliando-o sempre que necessário. Muito interessante, é a maneira que as professoras o tratam. Por exemplo, quando ele falta a aula, imediatamente, a escola entra em contato, para saber o por quê. Ele é extremamente querido por todos, devido seu esforço, inteligência e carisma.
O menino deficiente visual, não faz registros em cadernos comuns, utilizando para isso, o material para braile, disponível na SIR VISUAL, onde está sendo alfabetizado, pois é a primeira vez que o menino freqüenta uma escola. Ele é um menino institucionalizado, e um dos motivos de sua abrigagem, foi o fato de nunca ter sido matriculado em estabelecimento de ensino.
A avaliação é feita por relatórios e registros, como filmagens e fotografias das situações de aprendizagem, diariamente.
O perfil sócio-econômico dos estudantes é de baixa renda, e apesar da escola oferecer acessibilidade física na maioria dos espaços, suas salas de aula são precárias e pequenas.
A escola atualmente passa por um momento de mudança, onde o Projeto Político Pedagógico está sendo refeito, em parceria com toda comunidade escolar, que é muito participativa e atuante.
A escola é extremamente receptiva e acolhedora, para todos e sem distinção, o que faz dela uma excelente referência de ensino no município de Porto Alegre, além de seu perfil inclusivo e inovador.
A todos seus professores (as), funcionários (as), alunos (as), meus sinceros agradecimentos pela maneira fraternal a qual fui recebida, em especial Professoras Greice, Anelise e Maria Cláudia, muito obrigada! Obrigada por ter aprendido muito, em poucas horas as quais estive presente, ensinamentos valiosos, que certamente levarei durante toda a minha vida.

A deficiência visual, seja ela cegueira total ou visão subnormal, pode afetar a pessoa em qualquer idade. Bebês podem nascer sem visão e outras pessoas podem tornar-se deficientes visuais, em qualquer fase da vida, desde os primeiros dias de vida até a idade avançada. Pode ocorrer repentinamente de um acidente ou doença súbita, ou tão gradativamente que a pessoa atingida demora a tomar consciência do que está acontecendo. A deficiência visual interfere em habilidades e capacidades e afeta, não somente a vida da pessoa que perdeu a visão, mas também dos membros da família, amigos, colegas, professores, empregadores e outros. Entretanto, com tratamento precoce, atendimento educacional adequado, programas e serviços especializados, a perda da visão não significará o fim da vida independente e não ameaçará a vida plena e produtiva.



Eu, Viviane da Silva Santiliano realizei observação e entrevista no município de Viamão na Escola de Ensino Fundamental Incompleto Alexandre Braga s/nº, bairro Jardim Krahe. Atende diariamente 450 alunos. Sua diretora chama-se Gislene Gomes.
A sala observada possui 21 alunos e desses, um possui N.E.E. (hiperatividade). É um menino e tem nove anos. É o terceiro ano do ensino fundamental.Um único professor, com formação em magistério, ministra as aulas. A escola não possui acessibilidade física, como rampas e banheiros. Suas salas de aula são precárias e pequenas.Em contrapartida a essa realidade, a escola possui uma sala de integração e recursos (SIR), uma nova proposta da escola que está sendo adicionada ao projeto político pedagógico, que está em fase de reformulação, juntamente com toda a comunidade escolar, que é muito atuante, através da associação de pais e mestres. O menino com hiperatividade, é atendido em alguns períodos, individualmente, na SIR, acompanhado de uma psicopedagoga.Os professores recebem qualificação profissional na área pedagógica sistematicamente, seja através da Secretaria Municipal de Educação, ou através de parceiros que apóiam a escola, como a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.O planejamento é feito conforme as necessidades que o professor observa.É trabalhado a psicomotricidade através de jogos, vídeos, brincadeiras e dinâmicas. O planejamento é feito coletivamente, o diferencial é em relação à avaliação, a qual o professor adapta, quando necessário. Seja por dossiês, fotos, vídeos ou até mesmos registros gráficos, além da avaliação diária, após o término de cada atividade.O perfil sócio econômico dos alunos é de baixa renda, atendendo a comunidade carente, em torno da escola.O relacionamento entre professor e aluno é bastante amigável e solidário. O professor está sempre disposto a ajudar os alunos, que sempre que possuem dúvidas, vão até sua classe e o questionam.A posição do docente é firme, porém integrada a eles. Não é feita distinção entre os alunos em relação à disciplina e esforço.Os alunos são participativos em relação às atividades diárias, mas observa-se certa limitação; talvez falte estímulo da família.A escola é muito acolhedora, algo que a faz uma referência no ensino de Viamão, além de estar caminhando na direção da inovação e a inclusão.


A hiperatividade, denominada na medicina de desordem do déficit de atenção, pode afetar crianças, adolescentes e até mesmo alguns adultos. Os sintomas variam de brandos a graves e podem incluir problemas de linguagem, memória e habilidades motoras.

Os professores e pais da criança hiperativa devem saber lidar com a falta de atenção, impulsividade, instabilidade emocional e hiperativa incontrolável da criança.

O verdadeiro comportamento hiperativo interfere na vida familiar, escolar e social da criança. As crianças hiperativas têm dificuldade em prestar atenção e aprender. Como são incapazes de filtrar estímulos, são facilmente distraídas. Essas crianças podem falar muito, alto demais e em momentos inoportunos. As crianças hiperativas estão sempre em movimento, sempre fazendo algo e são incapazes de ficar quietas.



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