Educação Inclusiva

quarta-feira, 10 de junho de 2009

ANÁLISE

A observação deu-se em escolas da rede municipal de ensino, com alunos de terceiros e quarto anos do ensino fundamental.
Nas três turmas, foi observada precariedade nos móveis de sala de aula, e salas de aula com pequeno espaço útil, para nós, um limitador nas dinâmicas do dia a dia.
Também observamos que em todas as turmas, a crianças são organizadas em classe “um atrás do outro, que nem gafanhoto”, conforme ouvimos por alguns docentes, de forma a condicionar o aluno e impedir a socialização entre eles, mesmo que inconscientemente. Pensamos que essa forma de organização contrapõe os ideais de interação.
“As situações nas quais a criança agem são engendradas pelo contexto social (...) A criança não assimila objetos puros, definidos por seus parâmetros empíricos. Ela assimila situações nas quais os objetos cumprem certas funções e não outras”. (Piaget & Garcia, 1983, p.274).
Os educadores (as) segregam os educandos (as), de maneira que os tidos com necessidades educacionais especiais, nas poucas vezes em que a turma trabalha em grupo, são separados, não interagindo diretamente com os demais colegas.
“A convivência das pessoas com necessidades especiais e as normais é o que promove a aprendizagem, estas interações são necessárias para uma aprendizagem que vai muito além dos conteúdos escolares, constituem-se em conteúdos humanísticos e renovadores” (Vigotsky 1997).
Individualmente, consideramos que o desenvolvimento psicomotor e cognitivo, são bem trabalhados através do planejamento coletivo, o qual parte da realidade e das necessidades da turma pelo olhar do professor em comunhão com os alunos, promovendo o diálogo sempre que necessário.
“A relação dialógica – comunicação e intercomunicação entre sujeitos, refratários à burocratização de sua mente, abertos à possibilidade de conhecer e de mais conhecer – é indispensável ao conhecimento.” (Freire; 2001).
Os conflitos em sala de aula são resolvidos com base no diálogo, oportunizando crescimento e mudanças de paradigmas, para todos.
“Acontece que, se nós mudarmos, o outro mudará também ou pelo menos haverá mais hipóteses de ele mudar; enquanto que se permanecermos inflexíveis, é muito provável que ele se mostre ainda mais inflexível”.(Thomas D’Ansembourg).
Muito ainda deve-se fazer para que as escolas integrem seus alunos, mas constatamos que apesar de algumas barreiras, as escolas estão adequando-se aos alunos e não ao contrário. Como futuras pedagogas, acreditamos que esse seja um grande passo em prol da inclusão educacional e social.

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