Educação Inclusiva

quarta-feira, 10 de junho de 2009

ANÁLISE

Em uma das turmas de terceiro ano, não havia professor (a) com formação específica em educação física. Os alunos ficavam “livres” para realizar as atividades que quisessem sem interferência alguma da professora. Por um lado, nesse momento todos interagiram, estabeleceram trocas, fundamentais para a aprendizagem. Por outro ângulo, as crianças se dispersaram em seguida, o que resultou em pequenos conflitos, envolvendo um dos meninos com N.E.E., o com hiperatividade.
Pesquisando sobre esta necessidade, constatamos que uma criança hiperativa, possui dificuldade de concentração, não escuta quando lhe dirigem a palavra, não se envolve em brincadeiras e, não as mantém por muito tempo, tem dificuldade em aguardar sua vez e não aceita regras. Talvez, a professora, com auxílio da equipe pedagógica, devesse rever esse momento de sua aula, para que pudesse atingir os objetivos satisfatoriamente. Daí, fazer um planejamento 100%, de acordo com a realidade da turma e suas necessidades além de repensar diariamente, sua prática.
“Repensar significa pensar de novo, poder refletir, retroceder e reformular idéias que pareciam concretizadas, eis aí o que significa aprender. Poder construir e reconstruir conhecimentos que levarão as novas descobertas e é o novo que nos faz continuar, que leva a ânsia de caminhar ao encontro do que possa contribuir para o crescimento. Desta forma a experiência de muitos como educador deve levar a repensar algumas posturas, hábitos e atitudes de uma educação convencional que esta enraizada, e que por diversas vezes não permite trocar “idéias” com os alunos, se resumindo apenas em transmitir instruções” (Sérgio Frank Carvalho, 2005).
Nas outras duas turmas, havia professoras com formação específica em educação física, além de estagiárias que acompanhavam os alunos com N.E.E. A aula possuía planejamento prévio, e as duas oportunizavam situações de aprendizagem, envolvendo integração e cooperação, além de atividades que estimulavam as estruturas cognitivas, simbólicas, a autonomia, auto estima e confiança, fundamentais para o desenvolvimento integral da criança.
“... pode se notar que considerar a cultura escolar da Educação Física como processo dinâmico, repleto de nuanças, sutilezas e representações sociais que necessita de uma metodologia, em que a condição mínima e primeira é que as aulas atinjam todos os alunos, sem discriminação dos menos hábeis, ou dos gordinhos, ou das meninas, dos baixinhos... Esta Educação Física deve abarcar todas as formas da cultura corporal como os jogos, esportes, danças, lutas e ginásticas e, ao mesmo tempo, deve abranger todos os alunos. (Sérgio Frank Carvalho, 2005).
De fato, ambas as aulas abrangiam todos os alunos, sem distinção. As professoras realizaram atividades, levando em consideração as reais necessidades daqueles alunos, fazendo com que todos participassem, com entusiasmo e cooperação.

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